Ômicron: o que se sabe até o momento sobre a nova variante de Covid-19

Foto: Canva

Dias após a declaração da diretora-geral assistente da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Acesso a Medicamentos, Mariângela Simão, sobre a quarta onda de casos da Covid-19, o mundo recebeu um novo alerta em relação à pandemia. Na última sexta-feira, 26, a OMS designou a B.1.1.529 como uma variante preocupante. Chamada de ômicron, a afirmação sobre a nova variante foi feita com base na avaliação do Grupo de Aconselhamento Técnico sobre a evolução do vírus SARS-CoV-2 (TAG-VE), grupo independente de especialistas que monitora e avalia periodicamente a evolução do Covid-19 no mundo. A ômicron foi colocada no mesmo grupo das outras versões conhecidas até o momento na pandemia como: alfa, beta, gama e delta.

Segundo a OMS, pesquisadores da África do Sul e de todo o mundo estão conduzindo estudos a fim de descobrir mais sobre a ômicron. Até então, acreditava-se que o primeiro caso relatado sobre a nova variante tinha sido apresentado à OMS da África do Sul em 24 de novembro de 2021, a primeira infecção pela variante confirmada foi de uma amostra coletada em 9 de novembro de 2021. No entanto, o Instituto Holandês de Saúde e Meio Ambiente (RIVM, na sigla em holandês) anunciou hoje a descoberta da presença da nova variante ômicron em amostras colhidas há pelo menos 11 dias. O que indica que a variante já estava presente em solo europeu antes dos primeiros casos serem detectados na África do Sul. O anúncio foi postado no site do instituto que indica que a variante estava em amostras colhidas pela saúde pública nos dias 19 e 23 de novembro. “Não está claro neste momento se essas pessoas estiveram no sul da África”, diz o comunicado. 

O que se sabe até o momento é que:
  • Evidências sugerem que a ômicron pode facilitar a reinfecção. Ou seja, pessoas que já contraíram Covid-19 podem ser reinfectadas mais facilmente por essa variante;
  • Todos os continentes registraram casos da variante;
  • Medidas não farmacológicas (máscara, distanciamento social, ambientes ventilados) funcionam contra variantes;
  • Não há registro de morte ligada à nova cepa;
  • Variante apresenta um “grande número de mutações”, algumas preocupantes.
O que ainda não se sabe:
  • Se a variante é mais transmissível;
  • Se a ômicron causa sintomas mais graves e mortes;
  • Se a nova variante apresenta resistência à vacinação.

O surgimento da nova variante trouxe uma série de incertezas e reacendeu o alerta de líderes mundiais sobre a necessidade de medidas contra a disseminação do vírus. A descoberta da variante ômicron fez com que muitos países adotassem medidas restritivas em relação às viagens com origem em países do sul da África. 

A OMS fez uma série de recomendações aos países como aprimoramento da vigilância e do sequenciamento dos casos; relatar casos iniciais ou grupos à OMS; realizar investigações de campo e avaliações laboratoriais para entender melhor se ômicron tem transmissão diferente ou características de doença.

A organização ressalta que os países devem continuar a implementar medidas eficazes de saúde pública para reduzir a circulação de Covid-19 em geral, usando uma análise de risco e uma abordagem baseada na ciência. “Eles devem aumentar algumas capacidades médicas e de saúde pública para gerenciar um aumento de casos”, disse em nota divulgada à imprensa.

O surgimento reacendeu também a discussão sobre a desigualdade no acesso às vacinas contra Covid-19. Em uma das notas de atualização sobre a variante, a organização ressalta que “dados preliminares sugerem que há taxas crescentes de hospitalização na África do Sul, mas isso pode ser devido ao aumento do número geral de pessoas que estão se infectando, e não devido a uma infecção específica com ômicron”.

A OMS reforçou o quanto é importante que os países tenham urgência em combater a desigualdade no acesso às vacinas garantindo o acesso aos grupos mais vulneráveis. Na última segunda-feira, 29, o governo chinês prometeu o envio de 1 bilhão de doses de vacina contra Covid-19 a países africanos. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) da África, entre os 50 países, apenas 6,6% da população está totalmente imunizada e 9,8% tomaram ao menos uma dose.

Para a população em geral, as recomendações contra a Covid-19 permanecem as mesmas: 
  • Distanciamento social de pelo menos 1 metro; 
  • Uso de máscara bem ajustada; 
  • Abrir janelas para melhorar a ventilação; 
  • Evitar espaços mal ventilados ou lotados; 
  • Manter as mãos limpas;
  • Tossir ou espirrar em um cotovelo ou tecido dobrado;
  • Se vacinar quando chegar a sua vez.  

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