Cratera na Marginal Tietê foi fechada e pista central é liberada
Rodízio de carros se mantém suspenso até esta sexta-feira (04/02)
Na manhã da última terça-feira, 01/02, uma cratera se abriu na Marginal Tietê após o asfalto ter cedido ao lado da obra que acontece da Linha 6-Laranja do Metrô, localizada na Zona Norte de São Paulo. Não houve feridos no incidente que ocupava três faixas da pista.
A galeria de esgoto estava no sentido transversal ao buraco por onde passa o “tatuzão”, equipamento usado para a abertura dos túneis do Metrô. Às 8h21 da terça-feira (1º), foi verificado um vazamento da galeria de esgoto. Este vazamento teria causado a cratera na obra, segundo declaração do secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Paulo José Galli.
No entanto, a pista central foi liberada após o fechamento da cratera e o rodízio de veículos continua suspenso até esta sexta-feira (04/02).
ENTENDA O QUE ACONTECEU
“Houve um rompimento da galeria de esgoto que passa no sentido transversal ao túnel. Houve um início de vazamento às 8h21, os empregados foram todos removidos rapidamente. O solo não suportou o peso da galeria e acabou rompendo. A toneladora [tatuzão] passava a três metros abaixo da galeria, não foi um choque da toneladora com a galeria”, informou em entrevista ao G1.
De acordo com o governador de São Paulo, João Dória, a Acciona, empresa responsável pela obra, atingiu uma coletora da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) durante as escavações.
Em nota, a Sabesp confirmou o rompimento de uma tubulação de esgoto durante execução das obras. “Em conjunto com a Secretaria de Transportes Metropolitanos e com a empresa responsável pela obra do metrô, equipes técnicas da Sabesp trabalham para identificar as causas do rompimento e iniciar os serviços para conserto”, disse o órgão.
Já foi aberto uma auditoria para entender as possibilidades do que poderia ter acontecido para o rompimento da galeria que ocasionou na cratera, localizada na Marginal Tietê (sentido Rod. Ayrton Senna). Mas, ainda não se sabe a verdadeira causa do incidente.
De acordo com a concessionária, a coletora de esgoto que se rompeu fica próxima ao Poço Aquinos, que funcionará como canal de ventilação e saída de emergência da Linha 6-Laranja. Todos os funcionários que estavam na obra saíram do local antes de o solo desabar. Não houve feridos.
De acordo com a Sabesp, o trabalho consiste em impedir que o esgoto chegue ao local das obras. “A quantidade de esgoto que chega aqui já é bem menor do que a que chegava pela manhã. Então, a situação não representa grande problema neste momento”, explica Benedito Braga, presidente da Sabesp.
Ainda segundo a companhia, a tubulação, chamada Interceptor de Esgotos (ITI-7), é responsável por encaminhar o esgoto coletado para tratamento na ETE Barueri. “Técnicos da companhia trabalham no momento para desviar o esgoto para outros interceptores”, completa a nota divulgada pela Sabesp.
O desmoronamento ocorreu por volta das 9h, antes da Ponte do Piqueri, no sentido Ayrton Senna, ao lado de um poço construído entre as futuras estações Santa Marina e Freguesia do Ó. E, o que mais tem sido comentado entre todas as notícias e peritos é que, no decorrer do dia, o buraco foi aumentando de tamanho.
A partir das 10h, após o acidente, o trânsito de São Paulo já estava acima da média e o rodízio municipal de veículos foi suspenso, na tentativa de conseguir amenizar os possíveis congestionamentos que o fechamento da pista possa causar.
Uma possibilidade que está sendo discutida para a ocasião é que o período de chuvas pelo qual São Paulo está passando, devido ao Lã Niña (linkar com a matéria sobre o tempo aqui), tenha afetado a saturação do solo no local, que significa a diminuição da capacidade de acomodar água da chuva de forma que mantenha a integridade do solo e de todas as construções que o cercam. E, o especialista em gerenciamento de risco, Gerardo Portella, disse que pode ter ocorrido uma falha no monitoramento das condições do terreno.
Fonte: G1