Como a Cetesb monitora o ar que a gente respira

Você sabia que a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) possui 85 estações de monitoramento espalhadas por todo o estado de São Paulo? Elas analisam o que está no ar que a população respira e, dessas, 62 estações são automáticas, com medição em tempo real, e outras 22 funcionam de forma manual, com coletas físicas e análises em laboratório.
Juntas, as estações de monitoramento formam uma rede de vigilância da qualidade do ar que orienta decisões de saúde, meio ambiente e prevenção, e ganham ainda mais importância nos períodos de estiagem, quando as condições climáticas podem dificultar a dispersão de poluentes.
Instaladas em pontos estratégicos de grandes cidades e áreas industriais, essas estações medem, de forma contínua, a concentração de seis poluentes principais: material particulado (como poeira e fuligem), ozônio, dióxido de nitrogênio, dióxido de enxofre e monóxido de carbono. A qualidade do ar em cada estação é determinada pelo poluente de pior situação.
Boletim diário e mapa interativo da Cetesb
Todos os dias, às 11 horas da manhã, a Cetesb divulga um boletim oficial com a média das últimas 24 horas e a previsão para o dia seguinte, indicando se o tempo vai ajudar a dispersar a poluição ou não.
Esses dados são públicos e estão disponíveis no site e no aplicativo “Cetesb”. É possível acompanhar tudo por um mapa interativo da qualidade do ar, onde dá para:
- Escolher sua cidade;
- Ver a cor que representa o ar naquele momento;
- Conferir orientações de saúde para cada nível.
O sistema funciona como um “semáforo do ar”, sendo:
- Verde = boa qualidade
- Amarelo = moderada
- Laranja = ruim
- Vermelho = muito ruim
- Roxo = péssima
Quando a qualidade do ar requer medidas preventivas
A Cetesb tem um protocolo de emergência quando a poluição ultrapassa certos limites. Isso é comum em dias secos, sem vento ou queimadas. Esses episódios são classificados em três níveis:
- Estado de Atenção: quando a qualidade do ar chega a níveis muito ruins e o tempo vai continuar ruim para dispersar a poluição.
- Estado de Alerta: se a concentração de poluentes subir ainda mais e persistirem as condições desfavoráveis.
- Estado de Emergência: quando a situação é extrema e representa risco direto à saúde da população.
Como saber quando isso acontece?
A Cetesb mede poluentes como o dióxido de nitrogênio (NO₂), presente nos escapamentos dos carros. O limite seguro é de até 320 microgramas por metro cúbico (µg/m³). Se esse valor for ultrapassado, entra o Estado de Atenção. Passando de 640 µg/m³, entra o Alerta. E acima de 1130 µg/m³, é decretada Emergência, com risco real à saúde.
O que muda nesses casos?
- Atenção: a recomendação é evitar exercícios físicos ao ar livre. Grupos vulneráveis devem ficar em ambientes fechados.
- Alerta: são adotadas restrições temporárias em indústrias e no tráfego.
- Emergência: atividades poluentes podem ser suspensas imediatamente.
Em 2024, foram registrados cinco casos de Estado de Atenção em São Paulo, Mauá, Santa Gertrudes e Cubatão. Os principais fatores: tempo seco, indústrias e aumento de queimadas.

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