Vasos e varizes: conheça a diferença e como tratá-los
Convidamos o Dr. José Luiz Orlando, que é médico cirurgião vascular doutorado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – FMUSP, para um bate-papo para esclarecer sobre algumas das doenças que muitas pessoas enfrentam: os vasos e as varizes. Confira abaixo:
AA& – Qual a diferença entre vasos e varizes? Por que surgem?
Dr. José Luiz Orlando – As varizes são veias dilatadas e sinuosas que saltam sobre a pele e, portanto, são facilmente diagnosticadas, podendo envolver ou não as veias safenas. Já os vasos são veias de menor calibre e representam apenas um incômodo estético.
A&A – É um problema só de mulheres ou homens também podem ter?
Dr. José Luiz Orlando – Afetam homens e mulheres, sendo sua prevalência maior no sexo feminino.
A&A – Quais os sintomas e como aliviá-los?
Dr. José Luiz Orlando – Os sintomas das varizes estão relacionados à dor em peso e sensação de pernas cansadas ou pesadas, e são mais evidentes no final do dia e pioram no verão. O tratamento clínico está fundamentado nas orientações médicas que têm como objetivo melhorar a circulação de retorno sanguíneo. As recomendações usuais consistem no controle do peso corporal e na prática de exercícios físicos, além de evitar longa permanência em pé ou sentado. As meias medicinais de compressão elástica graduada e alguns medicamentos também são recomendados para o alívio dos sintomas e para o controle da doença.
A&A – Quais os tratamentos indicados para cada caso visando à saúde e estética?
Dr. José Luiz Orlando – Para a doença de varizes, é indicada a sua retirada cirúrgica ou a utilização de métodos menos invasivos: utilização de técnicas termoablativas, como a laser e a radiofrequência, e, ainda, a utilização da espuma. A escolha do método ideal, porém, depende da análise de cada caso. Para situações mais simples, relacionadas a questões unicamente estéticas envolvendo vasos superficiais, o tratamento recomendável é a escleroterapia química, seja na sua forma líquida ou na base de espuma (injeção de líquido no interior do vaso), além dos métodos mais modernos que utilizam a esclerose associada a laser transdérmico.
A&A – Por que é importante tratar?
Dr. José Luiz Orlando – O tratamento é importante e deve ser precoce, pois a doença de varizes progride com o tempo, podendo evoluir, nos casos mais graves, com a formação de eczemas e feridas na região dos tornozelos.
A&A – Após o tratamento, as varizes e/ou os vasos podem voltar?
Dr. José Luiz Orlando – Sim, podem surgir novos vasos e isto pode ocorrer devido à tendência familiar aliada a outros fatores desencadeantes, tais como gestações, vida sedentária, sobrepeso corporal, exercícios de alto impacto e a permanência de longos períodos parado em pé ou sentado. É necessário, portanto, uma vigilância permanente de ambas as partes, ou seja, do médico e do paciente.
A&A – Quais procedimentos são realizados em sua clínica?
Dr. José Luiz Orlando – Realizamos consultas e tratamento estético de vasos e varizes. A grande novidade é o método CLaCS, derivado das palavras Cryo-laser & Cryoescleroterapia, que é um tratamento moderno que utiliza uma associação de técnicas conhecidas como o laser transdérmico e a escleroterpia convencional. Ambas são realizadas no mesmo procedimento e associadas à utilização de um jato de ar frio como coadjuvante terapêutico. Utiliza-se, ainda, um equipamento acoplado à luz infravermelha, que permite visão da realidade aumentada, auxiliando na identificação dos vasos indesejáveis durante o procedimento. Este método é ideal para o tratamento de veias reticulares (microvarizes), telangiectasias (vasinhos) e veias de pequeno calibre, evitando-se, com isto, o procedimento cirúrgico.
A&A – Quais os principais mitos/verdades sobre o assunto?
Dr. José Luiz Orlando – Ouço muitas perguntas no consultório. Subir escadas, cruzar as pernas, fazer depilação e usar salto alto, por exemplo, não causam vasos e muito menos varizes. Por outro lado, permanecer muito tempo parado em pé ou sentado pode sim causar sintomas de má circulação, e se o indivíduo tiver alguma propensão, ao longo do tempo, pode desenvolver a doença.
Dr. José Luiz Orlando
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