Golpes com documentos: Serasa Experian revela 1 tentativa a cada 7 minutos

Golpes com documentos: Serasa Experian revela 1 tentativa a cada 7 minutos
Estudo revela que 3% das transações eram tentativas de golpes utilizando RG e CNH falsos. Foto: Mohamed Hassan por Pixabay.

 

As camadas antifraude de análise de documentos da Serasa Experian realizadas entre abril de 2023 e fevereiro de 2024 identificaram que, numa amostra 104,3 milhões de transações, 3% eram tentativas de golpes utilizando Registros Gerais (RGs) e Carteira Nacional de Habilitação (CNH) falsos (3.284.176).

Os crimes envolvem duas modalidades:

  • Adulteração de documentos verdadeiros, com sobreposição de foto de forma manual ou usando Inteligência Artificial (IA), para se aproximar da imagem real;
  • Montagem de documentos falsos, já com a foto do golpista, mas com informações verídicas de alguma vítima (nome, CPF, data de nascimento, filiação etc.).

As tentativas de fraude de documentos foram identificadas, majoritariamente, na fase de abertura de conta. Os dados são do estudo inédito da Serasa Experian, datatech líder em soluções de inteligência para análise de riscos e oportunidades com foco nas jornadas de crédito, autenticação e prevenção à fraude.

Segundo dados do Instituto Locomotiva, cerca de 3% da população brasileira não possui conta em banco, por isso são denominadas “desbancarizadas”. De acordo com o Diretor de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Caio Rocha, “outra constatação do estudo foi que essas são as vítimas principais dos criminosos. O que explica é que, geralmente, são pessoas sem registros financeiros, com uma menor utilização de suas informações pessoais e biometria facial, garantindo menos incidência nas tecnologias de segurança”, expõe.

Ainda de acordo com o estudo, os documentos analisados que pertenciam a homens foram os que mais indicaram fraudes no período, com 44,7%, contra 36,6% de mulheres. A faixa etária mais comum das vítimas foi de 16 a 35 anos (45,5%). Já a visão por segmento das tentativas de fraude indica que “Meios de Pagamento” (49,0%) e “Bancos e Cartões” (27,32%) foram os mais visados.

Confira, nos gráficos a seguir, o detalhamento por faixa etária, gênero e setores:

 

Fonte: Serasa Experian.

 

Desafios na análise de documentos

O RG é o documento mais fraudável do país – como cada estado tem o seu, oferece desafios para o segmento antifraude. A implementação da nova Carteira de Identidade Nacional (CIN), poderá contribuir para mitigar as fraudes de documentos, pois espera-se que as tecnologias de análise de documentos se tornem capazes de identificar marcações fraudulentas com maior precisão. Isso se deve ao fato de que o CIN terá características comuns e padronizadas em nível nacional, facilitando a identificação e verificação de autenticidade.

 

Como empresas e consumidores podem garantir a segurança de documentos e evitar golpes

A prevenção ainda é o melhor método contra fraudes de documento. Do lado das empresas, é necessário contar com ferramentas de segurança que utilizam tecnologia de camadas capazes de cobrir todas as regras e padrões do país.

Já do lado dos consumidores, além de escolher empresas que adotam camadas de proteção eficazes, algumas medidas são importantes, como:

  • Guardar os documentos em locais seguros e evitar compartilhar informações pessoais desnecessárias;
  • Assinaturas eletrônicas são uma forma segura e eficiente de garantir a autenticidade de documentos importantes, pois é reconhecida mundialmente e, no Brasil, é regulamentada pela Lei nº 14.063/2020;
  • Utilizar recursos tecnológicos, como validação on-line, para verificar a autenticidade de documentos públicos com o Validar, um serviço mantido pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI);
  • Antes de fornecer qualquer informação, verificar a necessidade e a confiabilidade da solicitação e não compartilhar documentos de forma arbitrária.

 

Metodologia

Para a produção do estudo de Documentoscopia, a Serasa Experian analisou 104,3 milhões de transações envolvendo verificação de documentos, das quais 3% foram identificadas como tentativas de fraude com o uso de documentos falsos como Registros Gerais (RGs) e Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A análise considerou o intervalo de 11 meses (entre abril de 2023 e fevereiro de 2024).

 

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