Mulheres são autorizadas a fazer o alistamento militar voluntário aos 18 anos
Uma medida inédita no âmbito das Forças Armadas foi decretada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva: mulheres poderão fazer o alistamento militar voluntário ao completarem 18 anos a partir de 2025.
O Decreto nº 12.154, que trata do Serviço Militar Inicial Feminino por mulheres voluntárias indica as regras para as fases de alistamento, seleção e incorporação. O alistamento ocorrerá no período de janeiro a junho do ano em que a voluntária completar 18 anos.
A seleção atenderá critérios definidos pelas Forças Armadas e pode compreender mais de uma etapa, inclusive a que trata de inspeção de saúde, constituída de exames clínicos e laboratoriais. As alistadas serão incorporadas de acordo com as necessidades das Forças Armadas.
O decreto, assinado também pelo ministro da Defesa, José Múcio, propicia às Forças Armadas a ampliação da diversidade em seus quadros, reconhecendo as capacidades e contribuições que as mulheres podem oferecer em contextos militares.
O texto prevê que, com a conclusão do curso de formação básica, a militar receberá o Certificado de Reservista. Poderão ser concedidas prorrogações de tempo de serviço às incorporadas, e elas passam a compor a reserva não remunerada após o desligamento do serviço ativo.
Demanda do serviço militar no Brasil
O serviço militar obrigatório no Brasil tem sido, historicamente, exclusivo para homens, com exceções para as mulheres que podem ingressar nas Forças Armadas de maneira voluntária e em funções específicas.
A crescente demanda por igualdade de direitos entre os gêneros, juntamente com o reconhecimento do papel fundamental em que as mulheres podem desempenhar em diversas áreas, no entanto, tem impulsionado discussões sobre a revisão dessa exclusividade.
Mulheres nas Forças Armadas
Atualmente, as Forças Armadas contam com 37 mil mulheres, o que corresponde a cerca de 10% de todo o efetivo. As mulheres atuam, principalmente, nas áreas de saúde, ensino e logística ou têm acesso à área combatente – por meio de concursos públicos específicos em estabelecimentos de ensino, como o Colégio Naval (CN), da Marinha, a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (Espcex) e a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar), da Aeronáutica.
Com a adoção do alistamento, o número de oportunidades deve crescer, gradativamente.
Fonte: Agência Gov / Via Planalto
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