Após impacto do novo Coronavírus, Brasil retoma negociações com China

As importações brasileiras iniciam o ano em alta. Em janeiro, houve um aumento de 8,3% na entrada de produtos importados do país, alcançando a marca de 15,933 bilhões de dólares em mercadorias. E a China, mais uma vez, se mantém como um dos principais parceiros do Brasil, já que o continente asiático respondeu por 37,7% das compras, sendo o vendedor de 21,7% desses produtos. Apesar dos números, a balança da relação entre os dois países está equilibrada, com o Gigante Asiático recebendo 28,3% dos produtos exportados pelo país.

“O Brasil hoje exporta quase 30% de tudo que produz para a China. Muitas empresas daqui também estão sendo ofertadas para empresas chinesas que querem entrar em ramos no Brasil, ou seja, os negócios oferecem diversas oportunidades para quem quer entrar no mercado entre estes dois países. É um caminho sem volta”, explica Claus Malamud, o Mr. China, especialista em comércio exterior que trabalha há mais de 20 anos com importação do Gigante Asiático.

Vale lembrar que a China já era o líder de crescimento mundial, mas, devido a pandemia, a fabricação de vários itens foi afetada e milhares de negócios foram encerrados. Agora, com a parcial reabertura do mundo e um controle da população rigoroso, diversos ramos estão se recuperando. “É necessário que as pessoas entendam que a China não é uma ameaça e sim uma oportunidade, com questões que vão desde a ciência até a parceria entre mercados”, destaca Claus.

O especialista em mercado chinês cita, ainda, as vantagens que as empresas brasileiras têm ao exportar para a China. “Acesso ao maior mercado consumidor do mundo quase 10 vezes maior do que o Brasil é o ponto forte. Os chineses gostam de produtos inovadores de outros países, mas é importante que seja feito um estudo do mercado para não cometer gafes”, explica.

Empresas que podem crescer com a reabertura do mercado Brasil x China

Rodolfo Marques, especialista em investimentos há mais de quatro anos e educador financeiro certificado pela CEA / Anbima, elaborou uma lista na qual cita 10 empresas brasileiras que se beneficiam com a expansão da China. Confira:

– Suzano e Klabin (papel e celulose)

– JBS, BRF e Minerva (proteína animal – frigorífico)

– CSN, Vale, Gerdau (minério de ferro)

– Iochpe Maxion (líder mundial na produção de rodas)

– Weg (indústria de motores e geradores)

“O que torna estas empresas atrativas é que suas matérias-primas são fundamentais para essa expansão econômica chinesa. É um investimento mais arriscado, por se tratar de renda variável e de setores que são cíclicos, ou seja, dependem da performance da economia da China”, explica Rodolfo.

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